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23 de julho de 2010

L.

Choro por uma música que nunca foi minha...
Nunca foi nossa...
Tiraram tudo de nós!
Só quem passa pela dor de perder o amor para sempre sabe como é.
Ou melhor, como li estes dias, nenhuma dor se compara à outra.
Cada ser sente a dor de formas e intensidades distintas.

E agora ouvindo essa música que não pode ser nossa e parece ser nossa de um certo modo.
Dez anos se passam, de alguma forma sou tua.
Quando digo que não há uma noite que não penso em ti, alguns se assustam, mas como não pensar no anjo que passa pela tua vida? Do príncipe que veio e foi num cavalo branco com asas...?
Ninguém pode entender a angústia de te ter e alguns segundos depois tudo ser arrancado.
Por diversas pessoas o amor se transformou e por que por você não?

Mostra que amei mais uma alma do que um corpo?
O que demonstra tudo isso que ainda sinto?
A adolescente que ainda crê na imagem de príncipe e princesa?
Em contos de fadas?
Ou no amor eterno?

Entorpeço minha mente e parece que assim chego mais perto de ti.
As marcas da minha alma sempre serão muito mais profundas do que qualquer uma que possa fazer no meu corpo. E com qual posso te encontrar mais rápido?

Não há mais pessoas que queiram ouvir as dores da menina que perdeu o namorado. Não há mais pessoas que possam entender que quando olho praquele pasto vejo a nossa cena congelada,num amor inocente, que nunca mais terei...

Nunca mais vou crer em príncipes montados em cavalos. Porque foste o único.
Nunca mais vou crer em amor eterno. Porque és o único que vale a pena esperar.
Tão distante... tão perto de mim.
Tão meu... tão oculto de mim.

Desejo que a morte não cessa.
Saudade que o tempo não apaga.
Energia que não deixo de sentir.

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