Dois monges budistas estavam voltando para o mosteiro, quando chegaram a uma passagem em um rio com a correnteza forte.
Uma jovem e bela mulher estava ali, esperando que alguém a ajudasse, pois estava com medo de atravessar sozinha.
O monge mais velho chegou perto do rio e a jovem lhe perguntou: "Você poderia me ajudar ? Basta segurar minha mão, estou com medo que a correnteza seja forte e o rio pode ser fundo."
O velho monje fechou os olhos, pois Buda disse "se uma mulher, sobretudo uma mulher bonita, for vista feche seus olhos."
Então ele fechou os olhos e entrou no rio sem responder à mulher.
O segundo monge, mais jovem, se aproximou. A mulher tinha medo, não havia outra saída, o sol já estava se pondo e em breve seria noite e ela pediu ao jovem monge: "Você poderia segurar minha mão ? Estou com medo da correnteza."
O monge disse: "O rio é fundo, eu já o conheço. Apenas segurar suas mãos não será suficiente: sente-se sobre meus ombros e eu a carregarei até o outro lado."
Quando chegaram ao mosteiro, o monge mais velho disse ao mais moço: "Meu jovem, você cometeu um pecado e irei relatar que você não apenas tocou em uma mulher, não apenas conversou com ela, mas ainda a carregou em seus ombros! Você deveria ser expulso da comunidade, não é digno de ser um monge."
O jovem simplesmente sorriu e disse: "Eu deixei aquela mulher há quilômetros atrás, você ao contrário a trouxe até aqui!"
O velho monje se deixou afetar. Só viu a beleza da mulher e compreendeu de forma errada o pensamento de Buda, pois fechar os olhos para a beleza exterior e para conseguir enxergar a essência. A ajuda não deveria ficar de lado só porque é uma bela mulher. O mais jovem não se afetou pela beleza, nem pelo fato de ser uma mulher, simplesmente ajudou um ser que necessitava e estava assustado.
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