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13 de setembro de 2010

Viver, sobreviver e outras coisas...

Eu devo ter vivido tão intensamente o tempo que passamos juntos, que toda vez que me lembro do que vivi parece que nada vivi, nada senti.
Aquela garota que um dia tinha certeza de tudo que sentia. hoje vê que tudo se acabou em nada.
Aqueles momentos que aparentemente ecoariam no eterno, ecoam em outra intensidade.
Às vezes, queria ter as certezas que tinha.
Às vezes acho que nada do que desejo eu vivi.
Por muitas vezes temo no que há por vir, não nesta vida, mas e o fim?

Voltaremos o começo? Dormiremos eternamente?
Do nada, seremos o tudo?

Só sei que temo, porque eu sei que nada disso terei pela segunda vez, tudo isso é único.
E temo muito mais, porque nem eu e nem você, sabemos enxergar a beleza do único.
Vemos todos os dias como iguais, correndo atrás de algo, que no final, de nada tem valor.
Os verdadeiros valores se perdem...

Quais são os meus reais valores?
Quais os teus?

Já presenciei um corpo deixar de ter 'vida'.
Já presenciei uma alma deixar um corpo por opção da mente.
Não sei se toda essa complexidade me fez enxergar os reais valores que busco.

Me vejo como uma intensa e constante contradição.
Da qual não faço nenhuma questão que alguém me compreenda.
Da qual não faço questão de elaborar mil teorias sobre isso.

Já pensasse como tudo é fácil de ser terminado?
E já pensasse como tudo é muito difícil de começar?

Tua vida pode terminar no próximo segundo...
Mas começar... ou recomeçar... é tão, tão, mais tão complicado.

Ao meu redor vejo mais pessoas mortas do que vivas.
Vejo mais pessoas que morreram vivas do que pessoas vivas que já estão mortas.
E não é meu olhar que escolheu assim, elas escolheram por elas mesmas.


Por vezes olho pro amanhã com insignificância. Nada quero fazer ou dizer.
Por vezes quero viver os cem anos que todos querem e fazer grandes realizações. Sem consiguir por vezes delimitar quais realizações são essas...

Vale mais um ano sobrevivendo ou uma hora bem vivida?

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